Important Jewelery and Goldsmith Auction
Lot 120:
Importante pendente de prata, cravejado com 78 diamantes em talhe antigo de brilhante e um pendente cravejado com 1 diamante em talhe antigo de brilhante com o peso apróximado de 1.2 ct, de boa cor e pureza.
Dim Total (com fio) 30 x 2,5 cm, Peso: 11,36g
“Pérolas raras, gemas ímpares, ouro e prata finíssimos, artisticamente trabalhados em objetos que a multidão aprecia com olhos ávidos de cobiça e um certo sorriso escarnido, enquanto os especialistas analisam, como piratas de outros tempos avaliando o produto de um saque e regateando o seu quinhão. Eram 367, as requintadas peças que antes adornaram a real figura de Maria Pia e naquele início de Verão de 1912 foram à praça para que se recuperassem os valores emprestados à Rainha, que vivia acima das suas posses e dependia da boa vontade do amigo banqueiro (Henrique Burnay) para continuar a manter as aparências”
Duas das peças constituintes do Leilão de Joias da Rainha Maria Pia, com lugar no Verão em 1919 no Banco de Portugal estão patentes no Leilão 18 da Leiloeira Santo Eloy, de 28 de Novembro a 5 de Dezembro de 2022.
Se durante o Leilão original os lotes foram “disputados com ardor pelos entendidos”, como foi este o caso, é agora este Leilão 18 da Leiloeira Santo Eloy a nova oportunidade de investidores, colecionadores e demais interessados adquirirem este pedaço de História de Portugal e da Europa, parte do desfile de “pregadeiras, pulseiras, colares, brincos, gargantilhas, diademas, fivelas, botões de punho, frascos de cristal e safira [e] alfinetes de gravada” que constituiu esta “nota palpitante da vida lisboeta” que “angariou 851,678 escudos, praticamente o triplo dos cálculos iniciais para o valor das peças” .
Se “ao longo de uma história tão longa como a de Portugal, muitos foram os momentos em que as joias da coroa – acumuladas em outras ocasiões mais felizes e prósperas – serviram de moeda de troca em apertos financeiros, simplesmente foram malbaratadas ou roubadas. O domínio filipino, o terremoto e tsunami de 1755 e a transferência da corte para o brasil durante as invasões francesas foram, provavelmente, os períodos em que se registaram mais perdas no tesouro real. O que sobra e o que tem vindo a ser recuperado ao longo dos tempos – nomeadamente peças em 1912 – está à guarda do Estado e foram vistas em conjunto apenas uma vez, numa exposição realizada em 1954” , é agora em 2022 que a Leiloeira Santo Eloy tem o prazer de trazer à praça duas das peças deste acervo Real, diluído por toda a Europa em 1919 e nunca mais reunificado.
Bibliografia relacionada:
• A Capital, edições de 20, 23, 24, 25, 26, 27, 29 30, 31 jul. 1912
• O Occidente: 35º ano, XXXV volume, nº1209 – 30 jul. 1912
• Illustração Portugueza: Nº114 – 27 abr. 1908; Nº282 – 17 jul. 1911; Nº334, 15 jul. 1912; Nº337, 5 ago. 1912
• Expresso (Jornal): “O Esplendor de uma Glória Perdida” (20.09.2016).
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